Recentemente, um alto executivo do SBT afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que uma pesquisa interna teria eximido Íris Abravanel de responsabilidade sobre o fracasso de audiência de Revelação.
Por esse raciocínio, a culpa seria da equipe de produção, que teria “boicotado” a novela. Isso acabou motivando a demissão de cerca de 70 funcionários do núcleo de teledramaturgia da emissora.
No entanto, Henrique Martins — profissional que integrou a equipe de direção de mais de vinte novelas no SBT — enumera uma série de argumentos para contestar a tese de que o folhetim da esposa de Silvio Santos sofreu boicote por parte de sua equipe de produção:“Dizer que houve boicote da produção é uma grossa safadeza”, defende Martins, que fala como porta-voz de boa parte dos profissionais dispensados desde a chegada de Del Rangel à direção da teledramaturgia do SBT. “Ninguém aqui é louco, não faria sentido boicotar justamente a novela do patrão. Ao contrário: como era dela, todos nos empenhamos mais que o normal para apresentar uma boa qualidade”, completa.
“Ela esteve na cidade cenográfica, acompanhou as gravações e, na época, disse que estava muito satisfeita”, argumenta a produtora Carmen Bussana, ao lado de Martins, dos também diretores Jacques Lagoa, Annamaria Dias, do cenógrafo João Nascimento e da diretora de arte Denise Dourado.
“É normal que um novo diretor queira formar sua equipe, o que não se pode admitir é que esse grupo, que fez várias novelas na emissora, algumas até com ibope inferior a Revelação, seja agora acusado de boicote”, defendem Lagoa e Dias.
Além disso, eles argumentam que gravar a novela inteira antes de levá-la ao ar foi opção da emissora. Isso tornou qualquer pesquisa de público sem efeito, já que não havia como ajustar eventuais defeitos com o folhetim todo gravado.
As informações são de Cristina Padigline e Keila Jimenez, do jornal O Estado de S.Paulo.
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