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19 de dez. de 2012

Em entrevista Yudi diz: "Silvio Santos me preparou para ser apresentador do Bom Dia & Cia"


 
Em seu condomínio em São Paulo, ele é a celebridade de plantão. Dia sim, dia não, as crianças do prédio tocam a campainha para ver o Yudi da televisão. Atualmente elas têm mais chance de encontrar o vizinho famoso em casa. Substituído pelo palhaço Bozo na liderança do programa infantil “Bom Dia & Cia”, no SBT, que apresentou por 8 anos, aquela criança que gritava “Playstation, Playstation!” amadureceu – embora não tenha crescido muito em estatura: ele mede 1m58.

Aos 20 anos de idade, Yudi Tamashiro está de olho em novos desafios: planeja apresentar um programa para adolescentes e sair em turnê como cantor em 2013. Sobre a possível briga que teria motivado sua saída do programa no fim de novembro – na época de seu afastamento foi aventada a hipótese de um desentendimento entre ele e a diretora Silvia Abravanel, filha de Silvio Santos -, ele esclarece que não foi nada disso. Mas consente: “Ela é uma pessoa difícil.” Em conversa com o iG , o ex-astro mirim falou sobre carreira, assédio e algumas polêmicas. Confira o bate-papo.

iG Gente: O que definiu sua saída do “Bom Dia & Companhia?”


Yudi: Eu estou de férias. Não fui afastado, não aconteceu nada. Quando a Priscilla (Alcântara) sai de ferias, eu fico apresentando sozinho. Ela volta, eu saio de férias. Não sei como vai ser a minha volta ao “Bom Dia & Cia”, se o Bozo vai ter um programa dele, se eu vou ter um programa próprio. Até agora não me passaram nada. O que me disseram é que está vindo coisa boa por aí. Me deixaram bem seguro. Se você pegar o histórico do SBT, os artistas que começaram na casa ficaram na casa, ninguém foi limado. Quem saiu foi por vontade própria. Essa não é minha vontade. Quero continuar no SBT. Me sinto à vontade trabalhando lá e acho que essa transição vai ser boa para mim. Poxa, já tenho 20 anos, quero algo mais. Receber meus amigos em meu programa.

iG Gente: Você teve uma desavença com a diretora Silvia Abravanel?

Yudi: Não tive, não. Me criei lá dentro do SBT, tenho intimidade, liberdade de falar o que quiser. Eu conheço a Silvinha há muito tempo, as brigas que rolam são normais, bobas. E sou o tipo de pessoa que briga e 5 minutos depois está bem de novo. Ela é da mesma forma, tem um gênio forte. Não tenho nada contra ela, somos próximos, já saímos juntos pra balada. Ela é exigente, linha dura, mas gosto dela. Se fosse avaliar o trabalho dela, diria que ela merece nota 8. Não dou nota 10 porque 10 é só o pai dela.

iG Gente: Quais são seus planos para 2013?


Yudi: Como apresentador, eu pretendo ter outro programa, pros jovens. Quero mostrar meu talento. No “Bom Dia & Cia” eu ficava mais preso, era algo automático. Estou há 8 anos apresentando o programa, sei o que fazer, não tem mais desafio e gosto de desafio. Eu cresci, e 2013 vai ser a hora de mudar a minha imagem. Todo mundo que começa no infantil tem uma fase de transição, de passagem. Assim como a Eliana e a Angélica, agora chegou o momento. Vou investir também na carreira de cantor. No começo de fevereiro devo gravar um DVD, que já vira CD. Hoje em dia está todo mundo gravando ao vivo. Em 2013 lanço CD, DVD e saio em turnê pelo Brasil.

iG Gente: Você tem aparência infantil, apresenta um programa para crianças. Não fica mais difícil fazer essa transição?


Yudi: O mercado infantil está mais aberto para essas coisas e o público foi acompanhando a mudança, mas tento tirar esse lado infantil de mim, puxar mais para o adolescente. Uso gírias, uso até um pouco de malícia. O que vale mesmo são as atitudes. O pessoal fala “esse menininho aí”, mas quando converso e mostro minhas opiniões, digo o que quero, muda essa imagem. É uma questão de tempo.

iG Gente: Mas não é problema ser baixinho, ter essa cara de criança?


Yudi: Isso ajuda. As pessoas têm a imagem do Yudi moleque, sorridente, sempre preparado para alegrar a molecada.

iG Gente: Você tem vontade de ser ator? Participaria de “Chiquititas”?


Yudi: Por que não? Faria sim. Eu gosto de desafio, de experiências novas, é mais uma coisa para o currículo. Mas não é uma carreira que penso em seguir, não quero me tornar um Cauã Reymond, ir para a “Malhação”. Nunca cheguei a trabalhar como ator, só fiz algumas coisinhas no SBT. Meu foco sempre foi apresentar e cantar.

iG Gente: Qual sua relação com Silvio Santos?


Yudi: Quando era mais novo eu tinha mais contato com ele, as reuniões aconteciam direto com ele. Ele preparou a gente para apresentar o “Bom Dia & Cia”, e conforme fui crescendo ele foi deixando mais na mão da filha. Hoje em dia eu o vejo pouco, mas no começo eram bem bacanas as dicas que ele dava. Ele chegava e perguntava como estava a vida, o programa, as menininhas. Foi muito bom esse contato que tive com ele.

iG Gente: Você tem visto o programa agora, com o Bozo?

Yudi: Estou assistindo sim. Eu já conhecia o "Bozo", que é o Jean, que fazia o (palhaço) Patatá. Nossa amizade é bem forte. Assisto e dou dicas. Falo para ele: "Está ficando meio over aqui. Vê isso".

iG Gente: Você compõe as músicas que você canta?


Yudi: Eu que componho. Em 2013 vai ter muito artista gravando minhas músicas. Entrei para o escritório do Sorocaba, registro minhas músicas lá e ele passa para outros artistas. Já fiz duas músicas que ele deve passar pros Inimigos da HP.

iG Gente: Você sempre teve algo mais próximo do hip hop. Por que resolveu lançar um CD com temática mais sertaneja?


Yudi: O hip hop surgiu cedo na minha vida, pela dança. Fui campeão brasileiro de hip hop, mas o tempo foi passando e fui seguindo outros estilos. Comecei a sair pra balada, conheci o sertanejo, tenho muitas amizades no meio e fui pegando gosto. O Sorocaba (cantor) me disse uma vez: "Você já canta com a gente, em todas as baladas você sobe no palco e o pessoal aceita você. Tem que entrar nessa. Vai ser o primeiro japonês tocando sertanejo." Aí falei: "Por que não?" Resolvi entrar em estúdio.

iG Gente: Sorocaba é seu melhor amigo?

Yudi: No meio sertanejo, é como se fosse meu padrinho. Dá conselhos: "Japonês, você está no caminho errado." Pessoal do sertanejo é bem unido. Querem ajudar um ao outro. Por isso o sertanejo está essa massa toda.

iG Gente: Você tem algum apelido?


Yudi: Pokemon do Sertão. Um amigo me deu esse apelido e todos me chamam assim. No começo não gostei muito, mas depois fui acostumando.

iG Gente: Você tem o salário do SBT, os direitos da venda de produtos com seu nome, faz campanhas publicitárias e shows pelo Brasil. Quem administra seu dinheiro?


Yudi: Meus pais sempre cuidaram da parte financeira. Mas não ganho mesada deles, então acabo cuidando da minha grana também. Rola uma parceira. Eles me perguntam o que quero fazer com o dinheiro, que tipo de investimento. Aprendi muito com os apresentadores no SBT. Eles dizem que não basta ser um bom artista, tem que ser um bom empresário. Saber investir, cuidar da sua grana. Em vez de um carro, comprar uma casa, que é um investimento. Pretendo continuar desse jeito.

iG Gente: Você gasta bastante?


Yudi: Sou bem tranquilo, até porque nem tenho tempo de usufruir da minha grana. Programa diário, entrevista, correria de shows. O que comprei realmente para mim foi meu carro. O resto está aplicado em investimentos.

iG Gente: Você está namorando?
Yudi: Estou namorando a Camila, ela é cantora sertaneja, da dupla Camila e Gabriel. Ela me acompanha faz muito tempo, o primeiro show que fiz foi com ela. Eu tinha 12 anos, ela que me incentivou. A conheço desde o 7 anos, e agora voltamos a namorar. É alguém que gosta de mim pelo que eu sou, não pelo que eu tenho.

iG Gente: Você é muito ciumento?


Yudi: Quando menor eu era bastante, mas depois você vai ficando mais tranquilo, vai confiando mais em você. Se a pessoa te trai, ela que está perdendo, porque eu sou um bom garoto. Quando estou com uma pessoa, estou com aquela pessoa. Eu, por exemplo, nunca traí. Posso falar isso, aqui não tem a máquina da verdade mesmo (risos)... Na verdade, traí quando era novinho, agora não tem porque trair. Quando fico solteiro, saio mesmo, zoando pela cidade. Mas quando estou namorando é um momento de descanso. Sou carinhoso, fico concentrado.

iG Gente: Você gosta de dar presentes caros?

Yudi: Coisas caras, não. Não gosto de gastar dinheiro. Mas gosto de presentear com um sonho de valsa, acompanhado de uma bela música... E investir o dinheiro (risos). Não sou pão-duro, sou econômico.

iG Gente: Você é bastante assediado?


Yudi: Tem bastante assédio de mulheres. A mulherada é fogo. De homem nem tanto, eles são mais tímidos. Uma vez, fiz um show no Ceará e depois fui pro quarto do hotel. Chegando lá ouvi o barulho da água, fiquei preocupado e chamei os seguranças. Entramos e tinha uma menina sentada dentro do chuveiro. Ela disse que estava com muito calor e resolveu tomar banho. Perguntei como ela tinha conseguido chegar lá e ela disse que tinha escalado a parede. Disse que era louca por mim e tudo mais. Fiquei até feliz pelo carinho, mas pedi para ela sair, porque queria dormir. A mulherada é fogo. Uma vez, fiz um show no Ceará e depois fui pro quarto. Chegando lá ouvi o barulho da água, fiquei preocupado e chamei os seguranças. Entramos e tinha uma menina sentada no chuveiro. Disse que era louca por mim.

iG Gente: E a menina na internet que falou que está grávida de você?


Yudi: São coisas que inventam, já estou até acostumado com essas histórias. Sempre aparece que fiquei com uma aqui, que estou saindo com outra. É normal.

iG Gente: Já ficou com alguma celebridade que pode me contar?


Yudi: Isso não (risos). Deixa pra lá. Melhor não falar...

iG Gente: Quando vai para a balada você gosta de fumar, de beber? Como você curte a sua idade?

Yudi : Aproveito mais em questão de mulher. Essa coisa de beber e de fumar não é comigo. Eu já sou agitado, se eu fizesse esse tipo de coisa ninguém ia me aguentar. Acho que isso vem de família, em casa ninguém fuma, isso nunca me chamou atenção. Eu bebo pouco, apenas em algumas ocasiões, nunca para cair. Acho que beber e fumar é uma maneira de chamar a atenção, eu já tinha outros meios de chamar a atenção. Sempre fui extrovertido, dançava e cantava.

iG Gente: A Globo praticamente abandonou a programação infantil em sua grade. O que você acha disso? Acha que fizeram errado?

Yudi : Eu pessoalmente fico um pouco triste. O público infantil está precisando de algo para interagir com ele. Eu curtia a TV Globinho. Não sei se foi um erro, mas acho que eles deveriam ter continuado investindo nesse público.

iG Gente: A Fátima Bernardes, sua concorrente de horário, muitas vezes fica atrás de vocês no Ibope. Você acha que ela deveria voltar a apresentar o Jornal Nacional?

Yudi: Ela merece ter um programa só dele, e eu gosto do novo programa. Mesmo quando estava apresentando o “Bom Dia & Cia”, eu assistia ao programa dela. Na hora do desenho eu colocava no programa dela, para ver como ela lidava com os convidados, que são sempre top. Tenho vontade de aprender com ela.

iG Gente: E quando você disse que o que tem de idade é o tempo que ela tem de carreira e você estava ganhando dela no ibope?

Yudi: Eu disse essa frase mesmo? Nem me lembro. É que eu falo tanto Eu saio falando e nem me lembro... Não foi para comemorar em cima dela, foi por respeito. Quando estreou o programa dela, a gente viu que a audiência do “Bom Dia & Cia” não caiu, por isso fiquei feliz. Nunca quis dizer que sou melhor que a Fátima. Isso é impossível. Fiquei triste com essa comparação. Está correto o que eu falei, mas a imprensa às vezes acaba distorcendo o que eu digo.

iG Gente: O que você mais espera do seu futuro?


Yudi: Quero me realizar. Quero matar essa vontade de ver o público cantando minha música. Comecei sonhando em ser cantor, depois me tornei apresentador. Mas também quero ter um programa no SBT, ganhando muita grana, fazendo muito merchandising. Ficar tranquilo. Conheço a vida de cantor, é muita correria, de viajar o tempo todo, e gostaria de ter uma vida mais calma, passar mais tempo com minha família. Ser cantor é legal enquanto você é jovem. Depois quero levar a vida do meu parceiro Celso Portiolli, do Ratinho, do Carlos Alberto de Nóbrega, que vai lá, apresenta o programa e fica bem, faz sua agenda. Sonho de qualquer um: ganhar bem e trabalhar pouco.
 
iG Gente: Quem é o seu modelo de artista?

Yudi: O Fábio Jr. Desde novinho eu escutava ele. Todo mundo ouvindo rock, funk, e eu escutando as músicas dele. Teve uma vez em que eu conheci a Mari Alexandre e disse que eu era muito fã, que era apaixonado. Ela ficou sem graça e agradeceu, achando que estava falando dela, então eu disse que era do Fábio (risos). Sempre o tive como ídolo. Cantor, apresentador, ator, pegador (risos). Isso que é um artista completo... Estou seguindo o caminho dele, mas pretendo ficar com uma só (risos).”
 
Fonte: IG Gente

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