Após seis anos na Record, Roberto Justus foi a um jantar na mansão de Silvio Santos. Nesse dia, o namoro com o canal do Homem do Baú teve início. Silvio o convidou para integrar o cast do SBT. Mas, ao contrário do que muitos pensam, a questão financeira foi o que menos pesou na negociação. Segundo o apresentador conhecido pelo jargão "você está demitido!", o poder de persuasão do novo 'patrão' foi determinante.
Nesta entrevista ao site O Fuxico, Justus conta que Silvio é um homem sedutor e o envaideceu, ao comparar seu perfil ao dele. O empresário da área publicitária diz ainda o que fará na emissora de Anhanguera, em São Paulo, e se vai levar gente com ele para a nova casa.
Nesta entrevista ao site O Fuxico, Justus conta que Silvio é um homem sedutor e o envaideceu, ao comparar seu perfil ao dele. O empresário da área publicitária diz ainda o que fará na emissora de Anhanguera, em São Paulo, e se vai levar gente com ele para a nova casa.
O Fuxico: Após seis anos na Record, você fechou contrato de quatro anos com o SBT. O que mais pesou na decisão?
Roberto Justus: O SBT me apresentou um projeto interessante, para a construção da minha carreira de apresentador. Terei 52 semanas no ar, em horário nobre, versus dois meses e meio de Aprendiz, na Record, onde tinha apenas contrato por obra certa. Iríamos fazer uma negociação de mais um programa novo, para ser lançado no segundo semestre, mas a proposta não se compara em nenhum sentido à que o Silvio me ofereceu. Sou movido a desafios.
OF: Você deixa a Record com alguma mágoa?
RJ: De jeito nenhum! Ajudei muito essa rede e saio deixando grandes amigos. Eles me deram espaço e acreditaram em mim. O erro (da Record) talvez tenha sido não me oferecer um contrato de longo prazo. Levei seis anos fazendo O Aprendiz e tinha vontade de lançar outras coisas para o público que construí.
OF: As negociações aconteceram na mansão do Silvio Santos. Como foi esse encontro?
RJ: Ótimo. O Silvio é muito sedutor, me elogiou bastante e disse que, pela primeira vez na carreira, encontrou um apresentador com o perfil parecido com o dele. Eu me senti lisonjeado. Então, me unir ao mestre e o maior apresentador do país é ótimo para quem começou há seis anos.
OF: Disseram que você pretende ser o sucessor do Silvio. O que acha do comentário?
RJ: Ofensivo. Seria deselegante e pretensioso da minha parte, dizer isso perante uma diretoria competente. Mas, sempre tem alguém tentando plantar notas que criem picuinhas. Minha intenção é, sim, ajudar a emissora a crescer. E apresentar um grande trabalho, como fiz na Record.
OF: Você fez exigências em seu contrato?
RJ: Claro! Fui sincero com o Silvio, o tempo todo. Falei que muitas pessoas falavam sobre seu perfil intempestivo e que costumava mudar a programação, inesperadamente. Ele me garantiu que mudava ou tirava do ar apenas o que não dava resultado.
OF: Mesmo assim você se assegurou?
RJ: Sim. O Silvio percebeu minha insegurança e me perguntou se eu confiava nele. E eu respondi que ele era uma das pessoas mais íntegras da televisão, o maior pagador de impostos do país. Mas, eu queria algumas garantias e ele permitiu que eu colocasse no papel tudo que queria. O que mais contou foi que ele me disse que não estava contratando o apresentador de O Aprendiz, mas o Roberto Justsus, que é talentoso e pode assumir vários formatos.
OF: E afinal, qual é o formato de seu programa?
RJ: Estamos idealizando. Mas, não será um programa fixo. Devo comandar até três formatos por ano. Um deles pode ser um reality show e outro, que já estamos analisando, deve ser um game. A única certeza que tenho até o momento é que minha performance no SBT deve ser igual ou melhor à do período em que estive na Recod. Futuramente, podemos pensar em um talk show ...
OF: Especularam que você poderia apresentar o Show do Milhão...
RJ: Imagina! Não tem cabimento. Não tenho pretensão de substituir o Silvio. Vou apenas agregar. Meu estilo é um pouco mais sofisticado e a tevê aberta precisa ter uma programação mais eclética e trazer atrações para todos os públicos. O Aprendiz, por exemplo, era assistido por todas as classes.
OF: E você já acompanhou a programação do SBT?
RJ: Eu sou um telespectador do Silvio Santos. Vejo e gosto de várias atrações, como o Topa ou Não Topa. Ele tem um estilo diferente do meu, sabe se aproximar da massa e admiro isso. A tevê é feita para toda a família brasileira e não podemos ter preconceitos em relação a formatos.
OF: O Silvio adora programas americanos. Vocês estão analisando formatos internacionais ,para comprar os direitos?
RJ: Sim, vários. Contatamos algumas empresas lá de fora, para ver o que combina com meu estilo. Mas, tenho total liberdade para fazer sugestões, criar, adaptar o formato, juntamente com a equipe do SBT.
OF: Com quem você está trabalhando diariamente?
RJ: Com a Daniela Beiruty, que é uma pessoa fantástica. Ela e toda a diretoria estão torcendo por mim e dizem que a minha energia vai trazer sorte para a emissora. Mudei de escola, mas não precisei levar a mamãe comigo.
OF: Isso significa que você não levará profissionais da Record?
RJ: Não quero desfalcar a emissora. Se alguma pessoa não estiver contente lá, o assunto é outro. O Ricardo, meu filho, que era editor-chefe, saiu da Record, pois está contratado de uma empresa. Mas, se eu precisar dele, claro que me acompanhará. Assim como Walter Longo e Cláudio Forner. Soube que um dos diretores de O Aprendiz foi contratado pelo SBT, mas foi indicação do Esquilo, diretor de externa. Não tenho esse tipo de atitude premeditada.
OF: Ticiane Pinheiro, sua mulher, tem contrato até 2010 com a Record. Ela pode sofrer alguma represália?
RJ: Imagina! A Ticiane é muito querida. E a Record não tem o perfil de se vingar de uma grávida, só porque o marido dela deixou o canal. Pelo contrário, o diretor dela ligou e desejou sucesso. O Paulo Franco (diretor artístico), também.
OF: Então, as portas continuam abertas...
RJ: Eu não fecho porta, jamais! O mundo dá muitas voltas. Não sei o que pode acontecer nos próximos quatro anos... Só recomendo que, da próxima, assinem contrato de longo prazo comigo.
OF: Como estão os preparativos para a chegada de sua filha Rafaela?
RJ: Não vejo a hora de ver a cara dela e espero que puxe os traços da Tici. Apesar de que, se for parecida com o pai, não será tão ruim. Nunca pensei ter essa sensação de novo. Adorei montar o quartinho, comprar as roupinhas. Em três semanas, ela estará aí. Sei que ela vai trazer muita sorte para a minha estreia em agosto.
ofuxico
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