Interpretar um mocinho tímido e quieto – completamente
distante de seu comportamento – já seria um atrativo e tanto para que Guilherme
Boury se orgulhasse de participar do "remake" de Chiquititas, do SBT.
Mas o ator assume que o que mais o instiga na novela, que tem estreia prevista
para 15 de julho, é o fato de atuar, dançar e cantar em cena. A trama, com
forte apelo musical, reserva uma média de três clipes para cada 10 capítulos
exibidos, de acordo com o diretor-geral Reynaldo Boury, avô de Guilherme.
"Nunca busquei um trabalho como esse, mas agora que
tenho, estou dando muito valor. É um exercício artístico incrível. Eu nem tenho
gostado tanto do resultado, mas a equipe sempre fala que está maneiro",
explica Guilherme, arrastando o sotaque carioca que, com um trabalho de
prosódia, tenta amenizar nas gravações. A história gira em torno de um orfanato
dirigido por Carol, papel de Manuela do Monte.
A jovem se empenha em ajudar crianças órfãs e abandonadas e
se apaixona por Júnior, papel de Guilherme. Ele é um rapaz recém-chegado de
Londres, onde viveu por longos 10 anos. À frente dos negócios do pai, Júnior
tem vários embates familiares em função da morte mal explicada da mãe e dos
conflitos ideológicos. "Até pela experiência de ter morado sozinho na
Europa, Júnior adota um comportamento pouco conservador, que destoa do jeito
autoritário do pai", adianta.
Segundo Guilherme, o parentesco com o diretor-geral do
folhetim não o favoreceu na escalação. Ao contrário. "Meu avô não queria
que eu fizesse. Mas a Íris Abravanel (mulher de Sílvio Santos e autora) me
escolheu e fechamos", diz ele, que foi reprovado por Reynaldo no teste em
função da aparência jovial demais. Antes de Chiquititas, Guilherme participou
de Fina Estampa, na Globo, e de quatro novelas na Record: Alta Estação, em que
interpretava um dos personagens centrais, Prova de Amor, Amor e Intrigas e
Poder Paralelo.
"Estou bem satisfeito com tudo que já conquistei. E
acho que essa novela vai ser um grande sucesso. Até porque o público infantil é
o mais fiel de todos", torce.
Guilherme só lamenta a falta de tempo para visitar orfanatos durante a
preparação do personagem. Além das sessões de fonoaudiologia que encara para
neutralizar o sotaque, o ator tem ainda aulas de canto – duas vezes por semana,
90 minutos por vez – e os ensaios para as coreografias utilizadas nos números
musicais da trama.
"É um ritmo puxado. Tenho vivido de casa para o
trabalho quase de segunda a segunda. Como temos sequências no Centro de São
Paulo, fica mais fácil rodá-las aos finais de semana. Ainda não consegui passar
um sequer no Rio", conta ele, que nasceu em São Paulo, mas morou na
capital fluminense desde bebê até assinar o contrato com o SBT. Apesar da
distância ainda da data de estreia, Guilherme já gravou cenas desde o primeiro
até o capítulo de número 50.
Um intervalo que chega a assustar o ator, acostumado a ter
frentes bem menores nas novelas que já fez. "Normalmente, temos tempo para
mudar o que não está dando certo e investir mais no que agrada. Aqui não vai
rolar isso, pelo menos nessa reta inicial. Mas acredito que manteremos o mesmo
esquema até o fim", avalia.
Fonte: Portal Terra
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