Sugestões para @edison_mineiro
Hebe, A Rainha da Televisão Brasileira
"Uma estrela no ar, numa nova
constelação. Hebe, Hebe, sempre uma nova emoção Hebe, Hebe, a vida na palma da
mão. Um sorriso de criança, o olhar cheio de esperança. Hebe, hebe, o amor em
primeiro lugar. Hebe, Hebe, uma estrela no ar.” Eis que a música da estreia de
Hebe Camargo no SBT que aconteceu no dia 4 de março de 1986 às 21h20. Canção
que servia de aviso para juntarmos toda a família no sofá e sintonizar na TVS.
“Entrevista boa vindo aí.” Rainha quanta falta você faz!
Não há palavras para descrever a
trajetória desta mulher. De Taubaté - SP até o dia em que nasceu é especial: 8
de Março (Ninguém melhor do que ela pra representar o dia das mulheres) de 1929
(Ano em que houve o “crash” da bolsa de Nova Iorque). De origem simples, a
menina de “voz afinada” já cedo despertou interesse por música. Influência do
violinista Fego Camargo (pai) que para aliviar as preocupações, esbanjava a
família com seu talento.
Depois de a família Camargo mudar-se
para São Paulo, aos 15 anos Hebe iniciou como cantora na Rádio Tupi. Em 1944
formou uma dupla com a irmã Stella “Rosalinda e Florisbella”. Trabalho esse que
lhe garantiu o apelido de “estrelinha do samba”. A “estrela de São Paulo”
(outro apelido) mal sabia que a reviravolta em sua carreira estaria por vir com
a chegada da TV no Brasil. Hebe cantaria o hino da televisão na transmissão
inaugural em 1950, fato que não ocorreu. Ela achava a letra horrível, por isso
resolveu acompanhar o namorado em outra cerimônia. A Dama da Televisão também
já abrilhantou no cinema, como na produção “Zé do Periquito” em que canta com
Agnaldo Rayol. Veja essa clássica cena:
Em 1955, um novo estilo de programa é
inaugurado, as atrações femininas: “O Mundo é das Mulheres” na Tupi e lá estava
Hebe apresentando. Depois não parou mais, passou pela TV Continental (1960),
Bandeirantes e TV Record (década de 70 e 80), SBT (1986 - 2010) e recentemente
pela RedeTV! Nessa quinta (27/09) nossa rainha acertou sua volta ao canal de Sílvio
Santos. Mas fomos pegos por esta fatalidade, Hebe Camargo veio a falecer de
parada cardíaca no último sábado de setembro.
A comoção é geral, o brasileiro, o
povo comum chora e divide a tristeza com amigos e familiares da apresentadora.
Bonita a atitude do SBT de dedicar mais de 9h da programação do final de semana
para prestar homenagens. Cabrini, na cobertura do sábado, encontra-se abalado;
Galisteu e outros convidados a prestar depoimentos caem em pranto. Moacyr
Franco não consegue falar. No domingo, Celso Portiolli interrompe várias vezes
o programa por não conseguir tocar sozinho. Faustão, Fantástico e Domingo
Espetacular também dispõem parte de suas atrações.
Mas não para por aí, estrelas
internacionais se sensibilizaram nas redes sociais com tamanha perda: Laura
Pausini, Thalia, Gabriela Spanic, Ricky Martin, Anahí e tantos. Hebe não teria
noção o quanto é amada!
Em São Paulo, Hebe terá uma avenida
com seu nome, inclusive um teatro. Todas as homenagens são merecidas. E pela
primeira vez, a madrinha do Teleton não estará presente. Ela que lutou e defendeu
tanto as crianças da AACD.
Enfim, como disse Ana Paula Padrão à perda da nossa estrela maior termina um ciclo da Televisão brasileira. A fase em que era valorizada a boa conversa e até a ingenuidade. “Hebe não combina com a morte” Diz Adriane Galisteu. A lenda da apresentadora ficará pra sempre em nossas vidas. Mesmo sofrendo com a doença ela sempre se mostrou forte até o fim e dizia que amanhã estaria melhor. Como diria a própria Rainha: “Um brinde eterno à vida”!
Edison Mineiro - SBT World
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