O SBT vive novamente um bom momento de audiência, muito em função dos vários acertos realizados na sua grade de programação – justo e necessário reconhecimento ao trabalho do diretor Murilo Fraga, que se somaram aos resultados oferecidos pela novela “Carrossel”. Além disso, nada de novo ou de mais aconteceu em relação ao que já existia num passado recente e de triste lembrança. Foram quase 10 anos de sofrimento, sem apresentar nenhum outro produto de grande brilho. É exatamente isto que preocupa.
O que já existe de fato e em termos concretos, que possa dar continuidade à fase atual? A resposta, lamentavelmente, é coisa nenhuma. Ou praticamente nada se considerarmos o prometido lançamento de um novo programa aos sábados. Também é necessário saber o que está sendo feito para se manter os valores atuais. É da história do SBT reconhecer a importância dos seus profissionais, apenas quando eles resolvem sair ou atender os chamados das concorrentes. Um dia, no passado, um desesperado Silvio Santos pegou a primeira ponte-aérea e foi buscar o Gugu de volta na Globo. Outros casos importantes, sem a mesma manchete se repetiram depois daquele. Começa por aí a maior e a mais perigosa diferença do SBT com as suas principais adversárias, Globo e Record.
Flávio Ricco (Canal 1)
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