- Roger Waters se apresenta na Hungria (22/6/11)
Enquanto a indústria fonográfica trava batalha contra a pirataria pela suposta perda de lucros com as vendas de CDs e DVDs, bandas e artistas saíram pelas arestas em busca de sobrevivência no mundo da música. Entre obstáculos, encontraram lasers, fogos de artifício e telões em LED no fim do túnel: são os shows-espetáculos, repletos de efeitos especiais e audiovisuais.
Investir em grandes estruturas de palco e novidades tecnológicas tornou-se item fundamental no roteiro para atrair a audiência --que, pelo alto valor que paga, exige verdadeiras experiências reais. O show de Roger Waters que excursiona pelo Brasil, "The Wall - Live", traz uma produção para impressionar. "Custa US$ 200 mil por dia (R$ 340 mil)", segundo falou ao UOL o chefe de produção da turnê Chris Kansy.
Waters desenvolveu imagens dinâmicas para ilustrar a história e as canções do clássico álbum lançado pelo Pink Floyd em 1972: um muro com mais de 137 metros de largura e 11 metros de altura, que forma um telão em alta definição. Ao todo, são usadas 57 toneladas de equipamentos e 55 toneladas de cenário. São 172 alto-falantes e 23 projetores que amplificam barulhos de helicópteros, aviões, tiros, pessoas rindo, bebês chorando e todo o som quadrafônico do espetáculo. Tudo isso será visto na noite desta quinta-feira (29) no Rio de Janeiro, e nos dias 1º e 3 de abril em São Paulo.
Em questão de megalomania, poucos conseguem impressionar mais do que o U2. Se em 1992 eles ajudaram a popularizar os telões com a Zoo TV Tour, um dos shows mais caros da história, quase 20 anos depois eles voltaram com ambições ainda maiores. A gigantesca "360º Tour" trouxe o palco circular conhecido como "A Garra", com pontes rotativas e visão em 360 graus, como indica o nome, concentrando o sistema de som e telões LED em uma estrutura cilíndrica. Sua montagem mobilizava 209 caminhões --48 deles apenas para carregar estruturas de aço-- e 240 pessoas trabalhando.
A "World Magnetic Tour" do Metallica, entre 2008 e 2010, passou pelo Brasil com toda sua estrutura, incluindo os três telões LED de alta definição, um deles com 20x8 metros que ficava ao fundo do palco. A "Black Ice World Tour" do AC/DC saiu pelo mundo com um palco de 78m de comprimento e 21m de profundidade e dividiu a cena com uma locomotiva real de seis toneladas que se movimentava durante a apresentação.
Mariana Tramontina e André Piunti
Do UOL
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