Depois de uma década inteira interpretando Harry Potter no cinema, Daniel Radcliffe exorciza a imagem do jovem feiticeiro com um papel adulto no bom terror psicológico A Mulher de Preto, que estreia nesta sexta no paÃs. O estilo do filme e do personagem vivido pelo ator de 22 anos não poderiam ser mais diferentes da série de oito longas inspirados nos livros de J.K.Rowling, e parece ter sido esse o cálculo do ator. Um cálculo racional de Radcliffe, que encarou o novo projeto como um teste. E que passou nele.
Em A Mulher de Preto, o ex-protagonista de Harry Potter mostra que é um ator versátil, capaz de fazer um bom uso de sua expressão corporal – ele atua praticamente sozinho o tempo todo e tem pouquÃssimos diálogos. “Foi uma experiência nova para mim, tanto estar sozinho como estar em silêncio. Foi uma espécie de teste”, disse Radcliffe ao site de VEJA, em Nova York.
No filme, o ator interpreta um jovem pai viúvo, o advogado Arthur Kipps, que viaja para um vilarejo distante de Londres para cuidar dos papéis de um cliente que morreu. Na casa do cliente, Kipps descobre o vingativo fantasma de uma mulher que está aterrorizando os habitantes, especialmente as crianças, da região. Baseada no livro de mesmo tÃtulo, de Susan Hill, uma escritora popular na Inglaterra, a história de A Mulher de Preto já havia sido levada aos palcos em 1989, em Londres, e agora chega aos cinemas em 3D, dirigida por James Watkins.
Em seu segundo longa, Watkins reforça positivamente o currÃculo. O filme agrada aos fãs de terror fantasmagórico e psicológico, tem um protagonista com atuação impecável e uma boa fotografia. Realizada por Tim Maurice-Jones, a foto remete à Londres de Jack, o Estripador, com a vantagem de contar com uma verdadeira casa mal-assombrada posicionada em uma ilha. O filme vale a pena para quem é amante de terror, pois o desfecho é razoável.
Desconstruindo Harry – Para Radcliffe, que vive a fase “desconstruindo Harry”, a grande vantagem do novo personagem é mostrar que seu talento vai além do demonstrado com o jovem Potter. Na pele de um jovem adulto, que é pai e viúvo, ele pode – e sabe disso – amadurecer sua imagem junto ao público.
Mas e as pessoas ainda o chamam de Harry na rua? “Só à s vezes, quando eu encontro alguém bêbado (risos). Agora, na maior parte das vezes, as pessoas me chamam de Daniel, o que é ótimo. Achei que isso não iria acontecer por um bom tempo.”
O próximo projeto do ator no cinema será mais novamente renovador para a sua imagem. Ele vai interpretar o poeta e ativista americano Allen Ginsberg no filme Kill your Darlings (Mate seus Queridos, numa tradução direta), ao lado de Elizabeth Olsen. O longa está previsto para 2013.
Fonte:Veja
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