Ladrão e traficante, Flávio comanda um desmanche de carros roubados com dois comparsas
Corações feridos, de Íris Abravanel, inaugurou no SBT uma estratégia clara: seguir à risca o “padrão Globo de qualidade” na teledramaturgia. Desde a estreia, a novela tem mostrado iluminação bem cuidada, edição ágil e cenários caprichados. Não fossem alguns diálogos com clichês românticos – herança da mexicana Televisa –, a novela não causaria estranhamento se estivesse na grade global.
Com direção de Del Rangel, que trabalhou na Globo por mais de 15 anos, o fohetim teve a sorte de eleger como trilha sonora hits do gênero que é campeão da vez: o sertanejo universitário. Tal trunfo lhe confere frescor e até disfarça o fato de ter sido gravada há quase dois anos. E parece estar conquistando seu espaço com a audiência. Uma boa dupla de vilões ajudar a fazer com que a trama caia no gosto popular.
Cynthia Falabella interpreta a vilã Aline
Bandido sedutor
Ao lado de Aline, interpretada pela mineira Cynthia Falabella (irmã de Débora), Flávio é o malvado da história. Quem faz o papel do perverso é Ronaldo Oliva, que começou na televisão em Malhação, em 2005, e fez ainda Luz do sol, na Record (2007) e Vende-se um véu de noiva, no SBT (2009). No cinema, atuou no filme Por onde andará Dulce Veiga?, de Guilherme de Almeida Prado, e no teatro, entre muitos trabalhos, fez parte da montagem de E a vida continua, dirigido por Paulo Figueiredo.
Na história do SBT, Flávio é um bandido sedutor, amante de Aline. Traficante de drogas e ladrão de carros, vai ajudá-la a se casar com Vítor (Victor Pecoraro), dando o golpe do baú na rica família Varella. Ele se passa por um culto professor de literatura, mas é determinado e não tem escrúpulos. Só pensa em dinheiro. Não importam os meios, ele vai conquistar tudo o que deseja, mesmo que seja com violência. Apaixonado por Aline, é o pai do filho abortado pela vilã.
Elogiado pela direção de teledramaturgia da emissora por sua atuação, Ronaldo Oliva mergulhou no processo de construção do personagem. “Desde o começo da carreira, aos 21 anos, trabalho conceitos de moral, do certo e errado, colocados na minha mente pela educação conservadora recebida na infância”, diz. “Mesmo assim, aprendi a não julgar, para ter condições de desenvolver qualquer papel que me for proposto. A desconstrução é um procedimento básico para interpretar os vilões.”
“Este é meu melhor papel”, continua. “É a chance de mostrar meu trabalho. Flávio faz de tudo por Aline, se transforma por ela. Mas tem um lado bom que o público vai adorar. Ele é pegador e bem-humorado. As mulheres vão gostar de assistir às cenas entre ele e a Aline. A química é incrível”, afirma, acrescentando que divide muitas cenas com os comparsas Roni (Marcelo Góes) e Nabal (Alvise Camozzi), em um desmanche de carros, e vende drogas para o núcleo jovem da história.
Informações: Jornal Estado de Minas
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