Amor e Revolução terá triângulo formado por Claudio Lins, Graziela Schmitt e Thais Pacholek (à dir.) Lourival Ribeiro/SBT
A ditadura militar que escureceu o Brasil entre 1964 a 1985 será pano de fundo para a próxima novela do SBT, Amor & Revolução, que estreia no dia 4 de abril, às 22h15.
A trama, escrita por Tiago Santiago e dirigida por Reynaldo Boury, foi apresentada à imprensa nesta quarta-feira (23), no histórico prédio da USP (Universidade de São Paulo) na rua Maria Antônia, onde em 1968 estudantes de esquerda e de direita se enfrentaram numa guerra a céu aberto.
Integrante do elenco na pele de dr. Ruy, um médico militar que acoberta as atrocidades cometidas nos porões da repressão, Antônio Petrin se emocionou ao chegar ao local.
- Eu vivi tudo isto, estava aqui no dia que esta batalha aconteceu. Estava em cartaz no teatro Anchieta [localizado nas imediações] e tive de me esconder atrás de uma árvore. Estava tudo uma guerra. Naquele dia, jamais eu poderia imaginar que um dia estaria em uma ficção que contasse aquela história.
E é tateando entre realidade e ficção que Santiago cumpre o sonho de realizar uma novela imaginada em 1995, quando ainda trabalhava na Globo. Bacharel e mestre em Sociologia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele lembra que conviveu com professores que participaram da resistência contra os militares.
- É uma novela ficcional, mas que tem como pano de fundo o Brasil entre 1964 e 1972.
A trama, escrita por Tiago Santiago e dirigida por Reynaldo Boury, foi apresentada à imprensa nesta quarta-feira (23), no histórico prédio da USP (Universidade de São Paulo) na rua Maria Antônia, onde em 1968 estudantes de esquerda e de direita se enfrentaram numa guerra a céu aberto.
Integrante do elenco na pele de dr. Ruy, um médico militar que acoberta as atrocidades cometidas nos porões da repressão, Antônio Petrin se emocionou ao chegar ao local.
- Eu vivi tudo isto, estava aqui no dia que esta batalha aconteceu. Estava em cartaz no teatro Anchieta [localizado nas imediações] e tive de me esconder atrás de uma árvore. Estava tudo uma guerra. Naquele dia, jamais eu poderia imaginar que um dia estaria em uma ficção que contasse aquela história.
E é tateando entre realidade e ficção que Santiago cumpre o sonho de realizar uma novela imaginada em 1995, quando ainda trabalhava na Globo. Bacharel e mestre em Sociologia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele lembra que conviveu com professores que participaram da resistência contra os militares.
- É uma novela ficcional, mas que tem como pano de fundo o Brasil entre 1964 e 1972.
O autor Tiago Santiago e o diretor Reynaldo Boury estão no comando da novela - Foto: Lourival Ribeiro/SBT
Novela pode ficar maior
A trama tem a previsão de 180 capítulos, com 40 já entregues à produção, mas pode ser esticada se for um sucesso de Ibope para o canal de Silvio Santos. Santiago, diz que não vai contar a história sob uma ótica essencialmente de esquerda e se define como democrata.
- Sou essencialmente um democrata apartidário. Sou um novelista e vou apresentar o discurso dos dois lados. Mas, como democrata, não posso defender a ditadura. E também não posso deixar de repudiar a tortura. Então, na minha novela, os vilões são os torturadores, mas o meu mocinho é um militar legalista.
Intérprete do protagonista José Guerra, Claudio Lins assume um discurso bem claro quando o assunto é sua visão sobre a ditadura.
- A tendência é ir para a esquerda mesmo. O que aconteceu naquela época no Brasil foi uma grande arbitrariedade.
Na trama, seu personagem, que é capitão do Exército, vai se apaixonar pela estudante comunista Maria Paixão (Graziela Schmitt).
O elenco ainda tem nomes como Cláudio Cavalcanti, Marcos Breda, Isadora Ribeiro, Cacá Rosset, Lui Mendes, Lúcia Veríssimo, Glauce Graieb, Licurgo, Mario Cardoso, Thais Pacholek, Patrícia de Sabrit e Tiago Abravanel, o neto de Silvio Santos.
Emoção e beijos
Um dos momentos de maior emoção foi quando o diretor Reynaldo Boury pediu uma salva de palmas do elenco para o produtor da novela Sergio Madureira, que sofreu um AVC após discutir com a equipe e segue internado em São Paulo. Praticamente todo o elenco chorou copiosamente.
Boury ainda falou sobre os depoimentos que vão encerrar cada capítulo, com pessoas que viveram na pele os anos de chumbo. Ele disse que já gravou mais de 70 depoimentos, todos de representantes da esquerda. Ninguém da direita ainda topou falar.
- Estamos abertos a quem quiser nos procurar para contar a sua verdade. Porque sabemos que a verdade tem três lados, o A, o B e o verdadeiro.
Diante das fortes cenas de tortura mostradas à imprensa, sobretudo com a personagem Odete (Gabriela Alves), que sofre muito no pau-de-arara [instrumento cruel de tortura usado na ditadura], Santiago fez questão de reforçar que sua trama também terá muito romance.
- Não é só tortura, tem muito beijo na boca também.
Informações: Portal R7
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