Em sua ascensão à vice-liderança de audiência da TV aberta, na primeira década dos anos 2000, a Record focou obstinadamente a Globo.
O slogan da rede do bispo Edir Macedo por muitos anos demonstrava essa obsessão. "Rumo à liderança", dizia a peça publicitária.
Em 2012, porém, o jogo virou. E o SBT voltou a competir de fato pelo segundo lugar.
Agora, a Record tira da cartola um pacote de atrações para turbinar sua grade, focando principalmente os horários vespertino e noturno.
Na sacola de novidades, entram desde produções já previstas no início do ano, como a quinta temporada de "Ídolos", até novas atrações para Ana Hickmann, Britto Jr. e Rodrigo Faro. Haverá ainda a estreia de uma novela, "Balacobaco", seis meses antes do programado.
"Ainda somos o segundo lugar [na média de 2012]. O foco é conseguir fechar o ano nesta posição", afirma Mafran Dutra, presidente do comitê artístico do canal.
"Hoje temos um concorrente com desempenho melhor em um só produto [refere-se à novela infantil "Carrossel"]. A Record se preocupa com a variedade."
Os números do Ibope, no entanto, contradizem Dutra. A reação do SBT começou já em abril, um mês antes da estreia de "Carrossel".
No período, a Record não conseguiu êxito com produtos como a reprise de "Vidas Opostas" (2006), a nova fase de "Rebelde" e "Máscaras".
De abril a 27 de agosto, das 18h à 0h, o SBT subiu de 5,6 pontos para 7,2, enquanto a Record caiu de 8,6 para 7. Cada ponto equivale a 60 mil domicílios da Grande SP.
"O público vai em busca do melhor", afirma Daniela Beyruti, diretora artística e de programação do SBT.
"O trabalho para levar o SBT de volta ao segundo lugar vem de algum tempo. Alteramos nossa programação já na primeira quinzena de janeiro, estabilizamos a grade, criamos hábitos e, aos poucos, fomos arrumando os nossos horários de melhor audiência", completa a filha de Silvio Santos.
Folha de São Paulo
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