Sugestões para @edison_mineiro
O motivo de termos ídolos
Quem não tem um ídolo? Seja em casa, na escola, na
televisão. Achar o nosso ídolo é sentir pertencente a um grupo em que nos
identificamos com um ícone e compartilhamos opiniões com as pessoas a nossa
volta, dando aquela sensação de abraço e que sim somos queridos. No caso tanto
meu, como de você amigo SBTista temos Sílvio Santos, esse grande mestre que
começou como camelô e deu a volta por cima e hoje é um dos homens referência
aqui no Brasil.
Muita gente vê a formação de ídolos como algo banal,
desnecessário. Mas, nós precisamos de alguém para nos espelhar. Desde a nossa
infância, passando pela adolescência (principalmente nessa fase em que tudo é
intenso) formamos nossa personalidade e aprendemos quem somos, portanto é com
esses ícones que “tiramos” deles valores e princípios e colocamos os mesmos na
gente.
Apesar de ser bom, tudo em excesso faz mal. Fãs chegam ao
ponto de querer ser quem admira se caracterizando de maneira igual e perdem
totalmente sua essência, fazem loucuras: "Uma fã da Sandy se escondeu numa
caixa para visitar o camarim depois do show, desmaiou e acabou sendo encontrada
só no fim do evento. Outra arrumou um totem de papelão da Marina Lima e viajou
de ônibus ao lado dele, como se fosse uma pessoa de verdade. Ser fã é bacana,
mas essa admiração não pode prejudicar suas vidas”. Conta à jornalista Thalita
Rebouças a revista Claudia. Vale tudo
para triscar um dedo em quem te fascina?
A televisão, como um mercado, cria “produtos” ídolos ou
programas formadores de ídolos de forma desenfreada. Uma verdadeira
“deusalização” de pessoas que eram anônimas e de repente estão diante dos
holofotes. Luan Santana, Justin Bieber, Michel Teló, Gustavo Lima e por ai vai.
Sim, é reconhecível o talento deles, mas é incrível o fato de serem tão novos e
arrastarem uma legião de fãs. Quanto aos programas formadores de ícones, temos
o próprio Ídolos da Record, The Voice, Raul Gil; e os inúmeros seriados e
novelas teens que centram a história na típica banda de garagem que alcança,
mais na frente, o estrelato. Sobre o comportamento dos jovens fala o produtor
musical Marco Camargo ao site R7: “Ele tenta buscar em alguém que está na mídia a
resposta para quem é ele. Aí, o jovem acaba consumindo aquilo que ele gostaria
de ser. Então, por isso que existe esse consumo tão forte”. Realmente o mundo
televisivo nos encanta e a capacidade de projeção que ele nos desperta é
mágica.
Enfim, pais devem ficar mais atentos a quem seus filhos “cultuam”,
ou seja, que eles aprendam a valorizar personalidades que cultivem uma boa
conduta. É bom alimentar os sonhos nessa etapa da vida. Já aos exageros deve-se
procurar acompanhamento psicológico. O certo é que os adolescentes saibam
reconhecer o seu lugar e o do ídolo. Os dois não são o mesmo.
Edison
Mineiro – SBT World
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