A dentuça Mônica com seu coelhinho azul e o menino de cabelo espetado Cebolinha ganharam um rival à altura. Trata-se do Peixonauta, um peixe com uniforme de astronauta, criado pelos animadores brasileiros Celia Catunda e Kiko Mistrorigo, sócios e fundadores da TV PinGuim, de São Paulo. Esse simpático personagem se transformou na sensação do canal pago Discovery Kids e chegou à tevê aberta. Quando foi lançada, em 2009, a série de animação brasileira se tornou o programa mais assistido do canal voltado para crianças, em apenas uma semana.
'Uma nova série normalmente demora entre dois e três meses para pegar', afirma André Rossi, diretor de programação dos canais Discovery. Pouco tempo depois, o Peixonauta já era o programa mais visto da tevê por assinatura nacional. No SBT, onde estreou em maio, já atingiu picos de nove pontos de audiência e 58% de participação no seu horário, segundo o Ibope. 'O Peixonauta provou que uma animação nacional faz diferença na programação', diz Celia.
O sucesso, em especial com as crianças em fase pré-escolar, fez explodir o número de produtos licenciados. O Peixonauta e sua turma, o macaco Zico e a menina Marina, estampam cerca de 300 produtos de 20 empresas. Eles estão presentes em artigos de marcas tão diferentes quanto a Riachuelo (de cama, mesa e banho), a Editora Melhoramentos (responsável pela série de 16 livros já lançados) e a Regina, que faz lembranças de festas de aniversário, como chapeuzinhos e pratos para bolos.
A expectativa é de que o número de artigos licenciados aumente com o inÃcio das transmissões na tevê aberta. 'O SBT leva o desenho a um novo público', afirma Gaspar Marçal da Silva, executivo de negócios da emissora de Silvio Santos. 'Cobrimos 98% do Brasil, com audiência que vai das classes A até a E.' O acordo com a TV PinGuim dá à rede uma participação não informada nas vendas dos produtos licenciados com a marca Peixonauta. Outros incentivos para o aumento do interesse pela personagem serão o filme em 3D para cinema e a segunda temporada da série, ambos programados para 2012.
A animação da TV PinGuim atrai elogios até do mais bem-sucedido criador de personagens e pai das séries animadas brasileiras, Mauricio de Sousa. 'O Peixonauta é um trabalho bonito e um exemplo de como os animadores brasileiros aproveitaram bem um momento de crise econômica em que se fecharam as portas para muitas produtoras internacionais', diz. O pai da Turma da Mônica foi o pioneiro do licenciamento das imagens de personagens nacionais para produtos. 'Mais de 70% do nosso faturamento vem de licenciamento', afirma. 'Temos mais de 3 mil produtos, feitos por 120 empresas.' Na TV PinGuim, essa fonte representa 35% da receita. A principal fatia do faturamento ainda provém da venda dos direitos de transmissão da série. Isso se justifica pelo desenho animado ser transmitido em 67 paÃses. 'Estamos nos Estados Unidos, Canadá e Coreia do Sul com sucesso', diz Mistrorigo. 'A Al Jazeera transmite nos paÃses árabes e a Discovery, em toda a América Latina.'
A consequência mais festejada é a estabilidade financeira que o Peixonauta deu à TV PinGuim. Desde que foi desenhada pela primeira vez pelo lápis de Celia, em 2000, até chegar às telinhas da tevê paga, a personagem levou cerca de nove anos. Durante cinco deles, houve a busca por fontes de financiamento, até a Discovery decidir financiar parte do projeto. Após essa fase, ainda foram necessários quase dois anos e 90 animadores para finalizar os 52 episódios de 11 minutos da primeira temporada.
'Agora, o Peixonauta virou uma empresa dentro da empresa, com a capacidade de viabilizar outras ideias', afirma Celia. Graças ao peixe astronauta, está sendo possÃvel começar novos projetos antes mesmo de atraÃrem financiamento externo. O próximo a sair das pranchetas deve ser uma série educativa chamada Earth to Luna! - que deve receber, no Brasil, o nome de Luna Chamando -, já vendida à Discovery e à TV Brasil. A dupla Mistrorigo e Celia também começou a elaborar o longa-metragem Tarsilinha, baseado na pintora Tarsila do Amaral. E ainda sobra tempo para a criação de uma nova empresa que vai desenvolver produtos para novas mÃdias.
Informações: Istoé Dinheiro
'Uma nova série normalmente demora entre dois e três meses para pegar', afirma André Rossi, diretor de programação dos canais Discovery. Pouco tempo depois, o Peixonauta já era o programa mais visto da tevê por assinatura nacional. No SBT, onde estreou em maio, já atingiu picos de nove pontos de audiência e 58% de participação no seu horário, segundo o Ibope. 'O Peixonauta provou que uma animação nacional faz diferença na programação', diz Celia.
O sucesso, em especial com as crianças em fase pré-escolar, fez explodir o número de produtos licenciados. O Peixonauta e sua turma, o macaco Zico e a menina Marina, estampam cerca de 300 produtos de 20 empresas. Eles estão presentes em artigos de marcas tão diferentes quanto a Riachuelo (de cama, mesa e banho), a Editora Melhoramentos (responsável pela série de 16 livros já lançados) e a Regina, que faz lembranças de festas de aniversário, como chapeuzinhos e pratos para bolos.
A expectativa é de que o número de artigos licenciados aumente com o inÃcio das transmissões na tevê aberta. 'O SBT leva o desenho a um novo público', afirma Gaspar Marçal da Silva, executivo de negócios da emissora de Silvio Santos. 'Cobrimos 98% do Brasil, com audiência que vai das classes A até a E.' O acordo com a TV PinGuim dá à rede uma participação não informada nas vendas dos produtos licenciados com a marca Peixonauta. Outros incentivos para o aumento do interesse pela personagem serão o filme em 3D para cinema e a segunda temporada da série, ambos programados para 2012.
A animação da TV PinGuim atrai elogios até do mais bem-sucedido criador de personagens e pai das séries animadas brasileiras, Mauricio de Sousa. 'O Peixonauta é um trabalho bonito e um exemplo de como os animadores brasileiros aproveitaram bem um momento de crise econômica em que se fecharam as portas para muitas produtoras internacionais', diz. O pai da Turma da Mônica foi o pioneiro do licenciamento das imagens de personagens nacionais para produtos. 'Mais de 70% do nosso faturamento vem de licenciamento', afirma. 'Temos mais de 3 mil produtos, feitos por 120 empresas.' Na TV PinGuim, essa fonte representa 35% da receita. A principal fatia do faturamento ainda provém da venda dos direitos de transmissão da série. Isso se justifica pelo desenho animado ser transmitido em 67 paÃses. 'Estamos nos Estados Unidos, Canadá e Coreia do Sul com sucesso', diz Mistrorigo. 'A Al Jazeera transmite nos paÃses árabes e a Discovery, em toda a América Latina.'
A consequência mais festejada é a estabilidade financeira que o Peixonauta deu à TV PinGuim. Desde que foi desenhada pela primeira vez pelo lápis de Celia, em 2000, até chegar às telinhas da tevê paga, a personagem levou cerca de nove anos. Durante cinco deles, houve a busca por fontes de financiamento, até a Discovery decidir financiar parte do projeto. Após essa fase, ainda foram necessários quase dois anos e 90 animadores para finalizar os 52 episódios de 11 minutos da primeira temporada.
'Agora, o Peixonauta virou uma empresa dentro da empresa, com a capacidade de viabilizar outras ideias', afirma Celia. Graças ao peixe astronauta, está sendo possÃvel começar novos projetos antes mesmo de atraÃrem financiamento externo. O próximo a sair das pranchetas deve ser uma série educativa chamada Earth to Luna! - que deve receber, no Brasil, o nome de Luna Chamando -, já vendida à Discovery e à TV Brasil. A dupla Mistrorigo e Celia também começou a elaborar o longa-metragem Tarsilinha, baseado na pintora Tarsila do Amaral. E ainda sobra tempo para a criação de uma nova empresa que vai desenvolver produtos para novas mÃdias.
Informações: Istoé Dinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Cuidado com o que você comenta,seus argumentos pode prejudicar nossa equipe e você próprio.