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13 de mar. de 2011

Ator de "Amor & Revolução" ex-tenente, será um Guerrilheiro...


Um ex-militar que se torna líder da luta armada conta a ditadura. Parece coisa de novela, mas é também a vida real. Ex-tenente do Exército brasileiro, Licurgo Spínola vai dar vida ao militante Rubens Batistelli, na próxima novela das 22h do SBT, "Amor e Revolução", que estreia em abril. Com quase 20 anos de carreira, o ator conversou com o TE CONTEI sobre o personagem, a mudança para o SBT e a oportunidade de falar sobre uma época tenebrosa da História do Brasil: a ditadura militar.

O convite para viver Rubens surgiu em 2010 e logo Licurgo percebeu qual a seria a força da personagem. "Me identifiquei com história, com o projeto. Ele representa todas as pessoas que lutaram", conta o paranaense. Para dar vida ao líder da luta armada, que vai se envolver com jornalista Jandira, personagem de Lúcia Veríssimo, o ator se prepara com afinco para o novo desafio, estudando muito e ouvindo personagens reais, que estiveram nas ruas durante a ditadura.

"Estou me baseando em fatos, fazendo uma síntese de tudo que estudei e ouvi. De cada pessoa que conversou com a gente nos workshops, eu peguei uma coisa, um gesto, um detalhe", conta Licurgo, que é filho e irmão de militar. "Lá em casa, nós somos cinco filhos. Meu pai é médico militar, dois irmãos meus são militares e dois são médicos. Eu sou o único que seguiu outra carreira", revela.

Licurgo conta que chegou a entrar na EsPCEx, a escola de cadetes do Exército, formou-se em odontologia e serviu ao Exéricto como tenente-dentista. Mas logo que entrou no grupo de teatro da faculdade, se apaixonou e resolveu mudar o rumo de sua vida. "A carreira militar não tinha a ver comigo. Tinha que aprender a obedecer e eu sempre fui contestador. A carreira te ator combina mais, me proporciona viver vários personagens", explica Licurgo, que já viveu um vilão, Félix Pacheco, na temporada de 2008 da Malhação, a TV Globo.

Na vida real, Licurgo prefere não eleger vilões ou mocinhos ao falar do golpe militar. "Temos referências de torturas sem limites por parte dos miliatres. Nunca li nada sobre tortura por parte dos guerrilheiros. Inclusive, o embaixador americano que foi sequestrado na época declarou que foi bem tratado. O Rubens também vai ter atitudes violentas, mas a intensão não é mitificar, é despertar a curiosidade sobre o período", afirma Licurgo, que lamenta também a falta de esclarecimento sobre o período. "Foi uma parte da nossa história escondida.

A intenção é mostrar essa parte da história, trazer à luz., abrir a curiosidade", torce o ator, que revelou também que o tema ainda é um tabu. "Na minha casa, esses assuntos mais acalorados não eram tratados, não se tocava no assunto, não era bem vindo", confidencia, contando que a primeira vez que leu sobre o tema foi aos 15 anos e não parou mais. E é o interesse dos jovens pela política e a mobilização que são apontados por Licurgo com as principais formas de modificação social. "Os guerrilheiros acreditavam na liberdade, deram a vida por uma causa, por um ideal. Não vemos isso hoje, mas existe uma possibilidade: se você não tiver compromisso com o social, nada vai mudar", sentencia.

Fonte: Site Te Contei

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